quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

DENÚNCIA: enfermeira diz ter sido agredida por médica dentro do Dom Moura, em Garanhuns

Uma enfermeira identificada como sendo Joselli Samara Canuto Pereira, divulgou uma nota relatando ter sido agredida por uma médica plantonista do Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns.


A enfermeira que está gestante disse na nota que teria tentando atendimento médico para uma criança que havia sido picada por uma cobra, porém a médica do Dom Moura teria negado transferir a paciente e agredido verbalmente e fisicamente a enfermeira.

Confira o relato da enfermeira enviado a nossa reportagem na íntegra;

Venho por meio desta tornar pública a minha indignação, Joselli Samara Canuto Pereira, Enfermeira, COREN/PE Nº 561312 com o tratamento descortês e desrespeitoso da profissional médica plantonista da pediatria do HRDM Garanhuns na noite do dia 25/11/2021.

Eu, enquanto Enfermeira, e há 3 (três) anos de exercício profissional, sequer imaginava me deparar com situação dessa natureza! Eu me encontro gestante, só hoje consegui parar pra escrever uma nota a respeito do que passei, pois fiquei abalada psicologicamente. 

Eu estava de plantão em um determinado município da V GERES, e às 20 horas chegou uma criança 08 anos, acompanhada pela sua genitora relatando a mesma ter sido picada por uma cobra. A criança deu entrada na unidade inconsciente e apresentava edema e cianose no local da picada (pé).  

Estando eu sem médico no plantão, acionei o SAMU através do 192 e a criança foi regulada pelo mesmo, a qual foi removida para o Regional com a recomendação de ir acompanhada também por um médico para outra unidade de referência, se fosse o caso, conforme orientação do Médico Regulador do SAMU. 

Chegando no Hospital Regional por volta das 21:00 horas, expliquei a situação à médica plantonista, e para a minha surpresa, a mesma além de se negar dizendo que não ia transferir a paciente me agrediu verbalmente e, pasmem, me agrediu também fisicamente, através de um tapa a partir do momento em que peguei meu celular para gravar e registrar a sua conduta desrespeitosa. 

A profissional foi altamente desrespeitosa, fiquei sem entender o que teria motivado para demonstrar aquele comportamento não somente para com a minha pessoa, proferindo palavras em tom agressivo, tais como: “sua burra”, “ aonde você fez sua faculdade?”, “você não serve nem para limpar o chão”. 

Da mesma forma, a referida profissional me agrediu  também enquanto profissional que estava ali apenas exercendo a minha profissão, como se eu tivesse que ser responsabilidade por não haver médico na escala da unidade que eu trabalho neste dia, especificamente.  

Diante de tal situação, eu me senti totalmente ofendida e humilhada, uma vez que o nosso sistema de saúde, através do SUS, precisa da interprofissionalidade e articulação de saberes entre as diversas categorias profissionais para promover uma atenção integral à saúde da população que tanto necessita do SUS. ENTRETANTO, NÃO FOI ISSO O QUE VI NA NOITE DESTE DIA 25/11/2021. 

Estarei comunicando o fato por escrito à direção do Hospital Regional Dom Moura, e espero sinceramente que a direção deste renomado Hospital averigue a situação e tome as providências cabíveis.  

Da mesma forma, estarei registrando o fato nos Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN)  e de Medicina (CREMEPE) para que sejam tomadas as devidas providências.  

A nossa equipe de reportagem manteve contato com a Secretaria Estadual de Saúde que encaminhou uma nota de esclarecimento sobre o caso, confira;

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A direção do Hospital Regional Dom Moura (HRDM), em Garanhuns, informa que a unidade não é referência para casos de atendimento aos acidentes ofídicos, quadro clínico decorrente da mordedura de serpentes.

Nesse sentido, a unidade informou, orientou e indicou que o paciente, advindo de uma unidade municipal, fosse encaminhado imediatamente, já que estava com o Samu, a um dos serviços de referência que recebem vítimas decorrentes de ataques de serpentes, nas cidades de Caruaru e/ou Arcoverde, as mais próximas. 

A unidade esclarece, ainda, que não recebeu nenhuma queixa formal com relação à conduta da médica plantonista, que estava em uma ocorrência grave no momento da chegada desse paciente. A direção ressalta que está à disposição para os devidos esclarecimentos.

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