sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Polícia já tem pista de assassinato do presidente da Associação de Cabos e Soldados

Um dia após a execução do presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, Albérisson Carlos, no bairro da Madalena, no Recife, uma pista pode ajudar a polícia a identificar e prender os assassinos. O veículo de cor branca usado por eles teria sido parado a duas ruas, minutos antes do crime, numa blitz de rotina do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). Logo em seguida, o carro foi autorizado a seguir viagem.

A informação, colhida por fontes ouvidas pela coluna Ronda JC, já está em poder dos investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Imagens de câmeras de segurança instaladas em ruas próximas à Rua Ricardo Salazar, onde ocorreu o crime na noite dessa quarta-feira, vão ajudar a polícia a traçar o percurso do veículo.

Uma imagem, divulgada ontem pela imprensa, mostra o momento em que Albérisson e a esposa deixam a sede da Associação de Cabos e Soldados e caminham até o carro dele. Logo depois, é possível ver correria e uma moto passando.

Albérisson foi atingido por tiros na cabeça, costas e abdômen antes de entrar no carro. Nenhum tiro foi disparado contra a esposa. Uma hipótese investigada é de que os projéteis balísticos teriam sido recolhidos rapidamente pelos assassinos antes da fuga. Isso porque nenhum vestígio foi encontrado pelos peritos do Instituto de Criminalística.

Especialistas ouvidos pela coluna, no entanto, explicaram que, a depender da arma (revólver calibre 38, por exemplo), o material balístico pode ficar no corpo da vítima e não necessariamente cair no chão. "Só no exame tanatoscópico, no Instituto de Medicina Legal, é feita a retirada para a análise balística", explicou um perito criminal.

Em nota, a Polícia Civil informou que, em caráter especial, dois delegados foram designados para assumir as investigações: Sérgio Ricardo, coordenador da Força-Tarefa de Homicídios, e Paulo Dias, titular da 2ª Delegacia de Homicídios.

A Associação de Cabos e Soldados solicitou ao governo do Estado proteção policial para a viúva, testemunha ocular do crime. Ainda não há posicionamento sobre o assunto.

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